segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Educação, Tecnologia e seus caminhos


Há algum tempo a educação vem sofrendo constantes mudanças  em virtude das transformações tecnológicas que estão ocorrendo em nossa sociedade. A forma de aprender se modifica e os alunos não mais se interessam pelos questionários e textos estáticos oferecidos pelo professor. Os alunos de hoje cada vez mais se interessam pela tecnologia da informação. Através de hiperlinks, web questions, Blogs, redes sociais e outras ferramentas virtuais, eles exploram o mundo e dominam a informação. Mas o que os docentes devem fazer para acompanhar tamanhas mudanças?

Este é um questionamento que deve ser frequentemente refletido pelos professores, pois é a partir dele que poderemos traçar estratégias de aprendizagens e garantirmos o cumprimento de nossa missão, qual seja a de facilitar e orientar a aprendizagem. O professor do início do século XXI deve conhecer as ferramentas da Web, se capacitar em cursos on line, participar de redes sociais e utilizar as inúmeras ferramentas que a internet dispõe, pois temos que conhecer o mundo dos alunos (e o nosso, pois este também é o nosso mundo) para que possamos interagir e propor atividades interessantes que chamem a atenção deste público jovem. Não podemos nos limitar as tarefas que outrora dominavam o contexto escolar. Temos que inovar, propor jogos que estimulem o conhecimento matemático e linguístico, pesquisas em sites interativos que propiciem a leitura e permitam correlações com o cotidiano dos alunos, incentivar o uso adequado e explorar o potencial das redes sociais, enfim, devemos criar e inovar, pois o quadro branco e a caneta estão cada vez mais distantes do interesse dos alunos. Devemos fazer da aula e da escola um lugar em que eles se sintam parte e fazê-los perceber que como pregava Dewey, a escola não vai prepara-los para vida, pois a escola é a vida. Desta maneira, professor, estude, navegue, conheça, interaja e sobretudo, viva o século XXI, pois não podemos ensinar o que não conhecemos, principalmente quando o nosso público conhece muito mais do que nós. Este é o nosso desafio!!!

Texto de minha autoria, escrito em junho de 2011.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

A Violência e a Escola


A violência é um mal que assola a sociedade e se materializa de diversas formas. Este contexto em que nos encontramos gera transformações profundas na maneira como vivemos e atinge, claro, a escola. As escolas de maneira geral são atingidas diretamente pela violência, seja a praticada por corpos estranhos à mesma, quando o indivíduo meliante a agride ou a seus membros, seja por pessoas ligadas diretamente ao cenário educacional,praticadas por professores contra alunos e mais frequentemente, por alunos contra os professores. Esta descrição, embora pareça algo inconcebível, tendo em vista que se trata de uma instituição de educação, é mais corriqueira do que podemos imaginar. São alunos que ameaçam professores por que estes o reprovam, alunos que numa situação de estresse agridem professores por não reconhecerem neste, autoridade legítima. Por outro lado, existe também o inverso, professores cansados e estressados, desacreditados na profissão, agridem alunos menores, seja verbalmente, psicologicamente e até fisicamente. Há também as agressões, agora muito em voga, de alunos contra alunos, o chamado bullyng, que ganha cada vez mais força entre os estudantes. Diante deste caos nos perguntamos: qual o papel da escola e a importância desta para vida do cidadão? Ela seria apenas uma formalidade a fim de que os alunos estejam aptos a ingressarem, futuramente, no mercado de trabalho? E o papel da família? Será que é exercido de forma adequada, considerando que pais e filhos se veem somente à noite quando estes chegam do trabalho? Estas são questões cruciais que devem ser tema de reflexão pelos elaboradores de políticas públicas na área educacional.

A escola, além de garantir a inserção futura do indivíduo no mercado de trabalho, tem a função precípua de socializar e educar concomitante é claro, com a família que tem um papel fundamental, como é expresso no Título II, art. 2° da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: “A educação dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. Portanto, estas duas instituições devem agir em conjunto, pois não cabe a escola exercer a função da família, como se tem observado. Os pais devem cumprir com seus deveres, de maneira que a escola tenha mais liberdade para exercer o seu papel. Por outro lado, deve-se prover aos profissionais da educação maior credibilidade junto à sociedade, oportunizando melhores condições de trabalho, progressão na carreira, salários competitivos e justos, e sobretudo, uma formação que permita ao educador, efetivamente, se impor perante aos seus alunos, hoje, cada vez mais questionadores e críticos, em virtude do acesso instantâneo à informação. É preciso repensar a carreira docente e o papel que ela exerce na sociedade da informação, pois informação a internet propicia em larga escala, mas a possibilidade de analisá-la por diversos aspectos e levar o indivíduo a construir conceitos baseados nas experiências que possui, isto o Professor faz como ninguém.